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Niihau: “a ilha proibida”

Além do Kaulakohi Channel ao largo da costa oeste de Kauai existe uma ilha árida e estéril: A ilha de Niihau com 18 milhas de comprimento e seis quilómetros de largura tem a sua altura máxima no Monte Pānī’au com 381 metros sobre o nível do mar. A ilha é habitada quase exclusivamente por havaianos e é “Kapu” ou seja é proibida até mesmo a gente de Kauai. A “Ilha Proibida” Niihau com 180 quilómetros quadrados é o último lugar, onde vive-se a vida simples havaiana de muito tempo atrás. Em 1864 a família Sinclair comprou a ilha do rei Kamehameha V e hoje a ilha é uma propriedade privada nas mãos de seus descendentes: a família rica Robinson de Kauai.

Praticamente todos os 250 moradores da ilha de Niihau trabalham para a família Robinson: criação de gado e ovelhas na fazenda, produção de carvão vegetal das árvores Kiawe e a coleta de mel. As conchas preciosas de Niihau são recolhidas e utilizadas para a manufatura de colares de conchas, que tornam-se preciosos objetos colecionáveis por sua beleza e por seu artesanato meticuloso.

O longo processo de criação dum colar de conchas começa com a coleta de pequenas conchas nas praias da ilha, varridas pelas ondas do mar, e a sua classificação de acordo com a sua cor e o seu tamanho. Depois as conchas são cuidadosamente limpadas e perfuradas. Os colares são montados numa grande variedade de modelos. São usadas conchas nas cores diferentes nos colares de Niihau: marrom-manchado, branco, branco puro, azul, rosa, vermelho, verde, preto e amarelo. Um colar destas conchas fantásticas é realmente um objeto de colecionador.

A vida é simples em Niihau. Na ilha há apenas uma pequena escola de gramática. Não há esgotos, coleta de lixo, energia elétrica, telefones, armas, álcool, prisões ou médicos. As pessoas vivem em casas simples de madeira e costumam viajar a cavalo. Niihau é também a única ilha havaiana, onde a língua havaiana é ainda a língua principal e a mais usada na conversação diária. Em breve os 250 residentes serão provavelmente os últimos falantes da língua nativa havaiana do arquipélago de Havaí.

Texto português corrigido por Dietrich Köster.