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Doubtful Sound, Nova Zelândia. Autor e Copyright Marco Ramerini

O lugar do silêncio: O Doubtful Sound

A experiência dum cruzeiro no Doubtful Sound é provavelmente uma das memórias mais indeléveis duma viagem à ilha do Sul da Nova Zelândia. O Doubtful Sound é um fiorde com mais de 40 km de comprimento e é com 421 metros de profundidade o fiorde mais profundo da Ilha do Sul da Nova Zelândia. Este é um dos lugares mais úmidos da Terra: Em média há mais de 200 dias chuvosos por ano e há entre 3.000 e 6.000 mm de chuva por ano. Nesta região do país o clima muda bruscamente para que no mesmo dia possa esperar tanto a chuva quanto o sol, tanto calor quanto frio.

O fiorde tem numerosas cachoeiras bonitas, que são espetaculares durante as chuvas frequentes. No Hall Arm há as Browne Falls que caem duma altura de 619 metros, enquanto as Helena Falls em Deep Cove fazem um salto de 220 metros. A vida selvagem é um outro motivo para visitar este fiorde: Ao navegar no fiorde pode ver golfinhos, lobos-marinhos, pinguins e às vezes no ponto onde o fiorde torna-se mar aberto mesmo baleias.

Nascer do sol no Doubtful Sound, Nova Zelândia. Autor e Copyright Marco Ramerini

Nascer do sol no Doubtful Sound, Nova Zelândia. Autor e Copyright Marco Ramerini

A única maneira de visitar o fiorde é uma excursão de barco e de autocarro de Manapouri. Cruzeiros dum dia ou de dois dias e uma noite são organizados no fiorde. O cruzeiro dum dia é feito a bordo do catamarã “Patea Explorer”, enquanto que para o cruzeiro de dois dias e uma noite é usado o navio “Fiordland Navigator”, que pode acomodar até 70 pessoas.

O cruzeiro mais completo e mais bonito é o que permite que durma no barco e veja o fiorde na primeira luz do amanhecer. Uma experiência verdadeiramente soberba! O cruzeiro começa a partir do cais de Manapouri ao meio-dia. A partir daqui a bordo dum barco cruzará o lago Manapouri até a central hidrelétrica (Manapouri Power Station) noutro lado do lago. A partir daqui uma rota de autocarro irá levá-lo ao Doubtful Sound. Ao longo do caminho uma paragem panorâmica é planeada a partir do Wilmot Pass, de onde tem uma bela vista sobre o fiorde. Quando alcança o Doubtful Sound, embarcará no cais de Deep Cove no navio para o seu cruzeiro no fiorde.

Vegetação, Doubtful Sound, Nova Zelândia. Autor e Copyright Marco Ramerini

Vegetação, Doubtful Sound, Nova Zelândia. Autor e Copyright Marco Ramerini

O navio sai por volta das 14.30 horas. Após a partida receberá chá e pastelaria. À tarde há uma excursão de caiaque, ideal para todos. Com o caiaque vai costear a Secretary Island e poderá admirar o fiorde dum ângulo particular. Se tiver sorte pode também encontrar as otárias. Depois da experiência de caiaque um pequeno lanche e depois volte para as plataformas do navio para admirar a paisagem dos fjordes. O navio passa por uma colónia de lobo-marinho-da-nova-zelândia (Arctocephalus forsteri) nas Nee Islets e depois chega ao oceano aberto. Se tiver sorte pode ter um encontro excepcional com baleias!

Baleia, Doubtful Sound, Nova Zelândia. Autor e Copyright Marco Ramerini

Baleia, Doubtful Sound, Nova Zelândia. Autor e Copyright Marco Ramerini

Então retorna ao fiorde, onde irá ancorar para a noite no First Arm. Será servido o jantar e depois é tempo para ir à cama. Para a noite pode escolher entre cabines duplas com banheiro privativo e cabines para 4 pessoas com beliches e banheiros compartilhados. Levante-se cedo pela manhã: O nascer do sol é o melhor momento para admirar este fiorde selvagem. Na madrugada do amanhecer o navio navegará pelo First Arm, onde passamos a noite até chegar no Hall Arm. Nesta rota poderá admirar a paisagem selvagem deste fiorde com cachoeiras, florestas virgens e montanhas. Terá também a chance de ver os raros pinguins-de-fiordland (Eudyptes pachyrhynchus), também conhecidos como pinguins com crista. Eles são pinguins endêmicos dessa área da Nova Zelândia. Eles vivem apenas em Fiordland e Stewart Island e são animais de tamanho médio que atingem 60 cm de altura. Estes pinguins encontram-se em perigo de extinção. De acordo com os últimos estudos são deixados somente 2.500 casais.

Pingüins, Doubtful Sound, Nova Zelândia. Autor e Copyright Marco Ramerini

Pingüins, Doubtful Sound, Nova Zelândia. Autor e Copyright Marco Ramerini

O momento mais mágico do cruzeiro será aquele dum determinado ponto quando o barco desligará o motor e pode por dez minutos ouvir os sons e ruídos do fiorde. Ouvirá apenas o som dos pássaros e à distância a batida da água contra as rochas de cachoeiras. Nesta maneira entende por que os maoríes deram a este lugar o nome: “Patea” que significa “O lugar do silêncio”, o nome mais apropriado que possível.

Texto português corrigido por Dietrich Köster.

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